O Alto-comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos reafirmou nesta sexta-feira (17) que Israel deve “parar” com seus ataques contra Gaza, ao assumir um cessar-fogo, em particular diante de sinais de avanço rumo ao sul do território costeiro.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Jeremy Laurence, porta-voz da agência, afirmou que a lei humanitária internacional deve ser prioridade. “Portanto, a proteção a civis, suas propriedades, sua subsistência, tudo isso deve vir em primeiro lugar”.
“Se estão avançando ao sul de Gaza, o chamado sobretudo é que apenas parem”, destacou Laurence. “Este cessar-fogo tem de acontecer”, prosseguiu, ao descrever a mortalidade em Gaza como “loucura”.
“Há apenas uma solução: um cessar-fogo”.
Laurence advertiu que a expansão das operações militares ao sul de Gaza agravaria a crise, em uma área já densamente povoada, devido à evacuação à força dos palestinos do norte, sob ameaça dos bombardeios de Israel.
“A proteção a civis é fundamental”, acrescentou.
Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios intensos contra a Faixa de Gaza, deixando 11.500 mortos, incluindo 4.710 crianças e 3.160 mulheres, e 30 mil feridos. Ao menos 3.500 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.
Milhares de prédios, incluindo hospitais, escolas, mesquitas, igrejas e abrigos foram danificados ou destruídos.
Israel impôs ainda um cerco absoluto a Gaza — sem comida, água, eletricidade ou combustível. Ao promover suas ações, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de habitantes de Gaza como “animais”.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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