O ministro de Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, reiterou que Amã não assinará um acordo para fornecer energia a Israel em troca de recursos hídricos.
A assinatura estava prevista para outubro, quando Israel deflagrou sua mais brutal ofensiva contra a Faixa de Gaza.
Em entrevista à rede Al Jazeera na noite desta quinta-feira (16), Safadi alegou que seu país está trabalhando para ajudar os palestinos, incluindo redução nas relações com Israel para reivindicar um cessar-fogo.
O ministro destacou que Israel comete crimes de guerra e que suas ações não podem ser vistas como “autodefesa”. Para o chanceler jordaniano, caso qualquer outra nação agisse dessa maneira, enfrentaria sanções.
Safadi voltou a advertir que as ações israelenses empurram toda a região a um “inferno” e que é preciso que a comunidade internacional admita que tais violações estão destruindo décadas de esforços de “construção da paz”.
Safadi também responsabilizou Israel pelos acontecimentos em Gaza, sobretudo ao criar e incitar um ambiente de violência.
“Caso a comunidade internacional queira falar do dia depois da guerra, é preciso lidar com o agora. As instituições internacionais devem assumir uma postura clara sobre o que acontece em Gaza”, concluiu o ministro.
Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios intensos contra a Faixa de Gaza, deixando 11.500 mortos, incluindo 4.710 crianças e 3.160 mulheres, e 30 mil feridos. Ao menos 3.500 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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