O Escritório Central de Estatísticas da Palestina, órgão da Autoridade Palestina, reportou nesta sexta-feira (17) que ao menos 800 mil pessoas continuam na Cidade de Gaza e nas áreas ao norte, apesar da violenta operação por terra conduzida por Israel.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Segundo comunicado do censo, o número indica que “dois terços da população das províncias setentrionais ainda residem no norte de Gaza”.
Sem ter para onde fugir, essa população decidiu permanecer na região, apesar dos ataques aéreos de Israel, que levaram ao assassinato em massa de civis, destruição de residências e infraestrutura civil, incluindo hospitais, escolas, locais de culto e padarias.
Cerca de 400 mil palestinos residentes no norte de Gaza, no entanto, foram deslocados à força para o sul do território costeiro.
“A população atualmente radicada nas províncias sul e central — como Deir al-Balah, Khan Yunis e Rafah — chega a 1.43 milhão de pessoas.”
Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios intensos contra a Faixa de Gaza, deixando 11.500 mortos, incluindo 4.710 crianças e 3.160 mulheres, e 30 mil feridos. Ao menos 3.500 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.
Israel impôs ainda um cerco absoluto a Gaza — sem comida, água, eletricidade ou combustível. Ao promover suas ações, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de habitantes de Gaza como “animais”.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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