David Oren Baruch, diretor do cemitério militar israelense no Monte Herzl, a oeste de Jerusalém ocupada, relatou que ao menos 50 soldados sionistas foram sepultados nas últimas 48 horas.
Em nota repostada pelo Ministério da Defesa, confirmou Baruch: “Há um funeral a cada hora, a cada uma hora e meia”.
No domingo (19), o exército israelense reportou que 380 oficiais foram mortos desde 7 de outubro, no contexto de sua ofensiva por terra e ar contra Gaza, em retaliação a uma ação surpresa do grupo Hamas, que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados.
Dentre o número oficial de 1.200 mortos em Israel na ocasião, boa parte são também soldados, sobretudo que responderam com fogo à investida palestina.
Segundo a rádio estatal israelense, ao menos 60 soldados foram mortos durante a invasão por terra, deflagrada há três semanas.
A resistência palestina, embora pouco equipada, tenta preservar ações de defesa e guerrilha contra as tropas invasoras. São mais de 170 tanques destruídos por foguetes Yassin em Gaza — estima-se que cada tanque custe US$6 milhões contra US$50 de cada projétil.
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Os números contrastam com as baixas palestinas: mais de 13 mil civis mortos em menos de 45 dias de bombardeios, entre os quais 5.500 crianças e 3.500 mulheres, além de ao menos 32 mil feridos e milhares de desaparecidos sob os escombros — provavelmente mortos.
Em termos comparativos com a declaração de Baruch, em Gaza, um palestino é morto a cada aproximadamente cinco minutos ou uma criança a cada dez minutos.
Além disso, contrapõem declarações israelenses de avanços vitoriosos, à medida que as baixas se somam sem que se encontrem supostos líderes do Hamas em Gaza.
Analistas, todavia, reiteram que o real objetivo da campanha israelense é limpeza étnica, ao expulsar à força os 2.4 milhões de palestinos de Gaza ao deserto do Sinai, para então anexar as terras.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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