Dois oficiais confirmaram que os Estados Unidos buscam manter todas as opções sobre a mesa no que se refere à soltura dos israelenses mantidos como prisioneiros de guerra da resistência palestina em Gaza, à medida que conversas continuam sobre a matéria.
As informações foram reportadas pela rede ABC News.
Conforme as fontes, Washington busca exercer um papel para avançar nas negociações, ao formular planos com aliados internacionais para operações táticas de resgate caso possam ser conduzidas “com controle razoável de risco”.
Segundo seu relato, a Casa Branca crê que a melhor alternativa, todavia, é chegar a um acordo via mediadores, dado que as condições em campo durante os primeiros dias de ofensiva israelense impossibilitaram ações diretas de resgate.
Os principais parceiros mencionados são Catar e Egito, a fim de levar Israel e Hamas a um eventual consenso.
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Segundo estimativas israelenses, os grupos locais mantêm em custódia 240 prisioneiros de guerra — dez dos quais cidadãos israelo-americanos. A resistência palestina confirmou, no entanto, que 57 reféns foram mortos pelos bombardeios indiscriminados de Israel.
Em contrapartida, há cerca de sete mil palestinos detidos nas cadeias da ocupação — a maioria, sem julgamento ou sequer acusação; reféns, por definição.
Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios intensos contra Gaza, além de invasão por terra e cerco absoluto, em retaliação a uma operação surpresa do grupo Hamas que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados.
A ofensiva de Israel a Gaza já dura 44 dias, durante os quais mais de 13 mil pessoas foram mortas, incluindo 5.500 crianças e 3.500 mulheres. São mais de 32 mil feridos — cerca de 75% dos quais, crianças e mulheres.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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