Grupos de ativistas pelo meio-ambiente realizaram nesta terça-feira (21) um protesto contra um acordo entre a corporação British Petroleum (BP) e Israel para exploração de gás natural no Mediterrâneo Oriental.
Manifestantes do Fossil Free London se reuniram em frente à sede da empresa na capital britânica e obstruíram a entrada com uma faixa dizendo “Pare de abastecer o genocídio”, além de bandeiras palestinas.
🚨Breaking: We're blockading the doors of @bp_UK HQ.🚨
It was recently given licence by Israel to explore for gas off of Gaza's coast.
While Israel commits genocide BP just sees a new business opportunity.
No climate justice without Palestinian justice#CeasefireNOW pic.twitter.com/bMorJ55MwZ— Fossil Free London (@fossilfreeLDN) November 20, 2023
Em vídeo divulgado na rede social X (Twitter), declarou o grupo: “Israel recentemente deu à BP permissão para explorar gás natural na costa de Gaza. Israel comete genocídio, mas a BP vê isso como oportunidade de negócio. Não haverá justiça climática sem justiça para o povo palestino!”
Até o fim de outubro, Israel deferiu 12 licenças a seis companhias para explorar gás natural na costa mediterrânea, entre as quais a gigante britânica e a italiana Eni.
Como parte da expropriação colonial do litoral palestino, o objetivo é transformar Israel em centro de exportação energética à Europa.
Ao longo do massacre em Gaza, com ataques aéreos e invasão por terra, em curso há 45 dias, protestos de massa eclodiram em todo o mundo, contra os crimes da ocupação, ao reunir diferentes grupos progressistas.
Entre os ativistas, estão ambientalistas — a mais notável, Greta Thunberg —, que vinculam a causa pela descolonização na Palestina histórica com a luta por justiça climática.
Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios contra Gaza, com mais de 13 mil mortos, incluindo 5.500 crianças e 3.500 mulheres. São mais de 32 mil feridos — cerca de 75% dos quais, crianças e mulheres.
Milhares de edifícios civis, incluindo bairros residenciais inteiros, hospitais, mesquitas, igrejas, escolas e abrigos, foram destruídos ou danificados. Milhares de pessoas estão desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.
Israel impôs um cerco absoluto a Gaza — sem água, comida, eletricidade e combustível. Ao promover suas ações, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de palestinos de Gaza como “animais”.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
ASSISTA: O que Israel pretende é genocídio?