O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, recebeu nesta terça-feira (21), em Moscou, diversos colegas de Estados árabes e islâmicos para discutir o genocídio perpetrado de Israel na Faixa de Gaza.
Nesta segunda (20), sua porta-voz, Maria Zakharova, confirmou: “Um encontro do chanceler Lavrov com delegações de política externa de diversos países da Liga Árabe e da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), em Moscou”.
“Eles chegarão à capital russa de acordo com a decisão tomada na cúpula de Riad para debater a situação referente à Faixa de Gaza”, destacou Zakharova.
Foreign ministers of the Ministerial Committee formed out of the Arab – Islamic Summit arrive at the Russian Foreign Ministry HQ to meet w/ FM Sergey Lavrov of Russia.@mfa_russia pic.twitter.com/kKAQOV8FIl
— Egypt MFA Spokesperson (@MfaEgypt) November 21, 2023
Entre os presentes, estão o secretário-geral da OCI, Hussein Ibrahim Taha, e os chanceleres de Jordânia, Egito, Palestina e Indonésia — Ayman Safadi, Sameh Shoukry, Riyad al-Maliki e Retno Marsudi, respectivamente.
LEIA: A América do Sul diante do genocídio palestino
Segundo a rede Al Arabiya, a Rússia — parceiro histórico de Israel — adotou uma “posição cautelosamente pró-Palestina desde a deflagração da guerra em Gaza, ao denunciar baixas civis e reafirmando seu apoio a um Estado palestino”.
Negotiations between Lavrov and the foreign ministers of Saudi Arabia, Jordan, Egypt, Indonesia, Palestine and the OIC Secretary General on Gaza began in Moscow pic.twitter.com/2ngpSf5sg1
— Sprinter Monitor (@SpriterMonitor1) November 21, 2023
Também na segunda, o ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan, realizou uma reunião similar com seu colega em Pequim, Wang Yi, na qual reivindicaram um cessar-fogo urgente.
“A comunidade internacional tem de agir urgentemente, ao assumir medidas efetivas para evitar que a tragédia se propague. A China permanece firmemente ao lado da justiça neste conflito”, declarou Wang à delegação em visita.
🇨🇳China's top diplomat Wang Yi holds talks with the Delegation of #Arab–#Islamic Foreign Ministers in Beijing.
My observation:
➡️Why the delegation chose China as the first leg of their tour for international mediation matters?
It shows deep trust in China and acknowledge China’s… pic.twitter.com/Q8Bgse4re1— Shen Shiwei 沈诗伟 (@shen_shiwei) November 20, 2023
Bin Farhan comentou:
“A mensagem é clara — a guerra precisa parar imediatamente, precisamos avançar a um cessar-fogo e a ajuda precisa entrar em Gaza sem demora”.
Neste mês de novembro, a China assumiu a presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Além das visitas a Pequim e Moscou, a delegação conjunta da OCI e da Liga Árabe busca se reunir com outros três membros permanentes do Conselho de Segurança, a fim de exercer pressão aos Estados ocidentais contra seu apoio à agressão de Israel.
Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios contra Gaza, com mais de 13 mil mortos, incluindo 5.500 crianças e 3.500 mulheres. São mais de 32 mil feridos — cerca de 75% dos quais, crianças e mulheres.
ASSISTA: O que Israel pretende é genocídio?
Milhares de edifícios civis, incluindo bairros residenciais inteiros, hospitais, mesquitas, igrejas, escolas e abrigos, foram destruídos ou danificados. Milhares de pessoas estão desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.
Israel impôs um cerco absoluto a Gaza — sem água, comida, eletricidade e combustível. Ao promover suas ações, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de palestinos de Gaza como “animais”.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.