O Ministério da Saúde de Gaza reportou nesta segunda-feira (20) que o exército israelense atacou a ala de cirurgia do Hospital Indonésio, no norte do enclave sitiado, deixando danos consideráveis aos equipamentos.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Do local, declarou Munir al-Bursh, responsável pela gestão dos hospitais públicos de Gaza:
“Corpos ainda se acumulam nesta instalação, cercada por veículos militares israelenses há dias”.
Segundo al-Bursh, trata-se do último hospital parcialmente operante na Cidade de Gaza e norte do território, após o Hospital al-Shifa, maior centro médico da região, ser atacado e invadido por soldados israelenses na última semana.
“Seiscentas e cinquenta pessoas estão no Hospital Indonésio; no entanto, sua capacidade é de apenas 140 leitos”, acrescentou al-Bursh.
O oficial confirmou ainda que drones israelenses abriram fogo contra refugiados e pacientes que tentavam deixar o complexo. Mais cedo, doze pessoas morreram em um bombardeio ao Hospital Indonésio.
O ministério de Gaza acusou o exército ocupante de tentar converter o Hospital Indonésio em uma “vala comum”.
Os ataques israelenses à infraestrutura de saúde são parte do objetivo de limpeza étnica e transferência compulsória dos palestinos de Gaza.
Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios contra Gaza, com mais de 13 mil mortos, incluindo 5.500 crianças e 3.500 mulheres. São mais de 32 mil feridos — cerca de 75% dos quais, crianças e mulheres.
Milhares de edifícios civis, incluindo bairros residenciais inteiros, hospitais, mesquitas, igrejas, escolas e abrigos, foram destruídos ou danificados. Milhares de pessoas estão desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.
Israel impôs um cerco absoluto a Gaza — sem água, comida, eletricidade e combustível. Ao promover suas ações, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de palestinos de Gaza como “animais”.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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