O Departamento de Defesa dos Estados Unidos prometeu manter remessas de mísseis de artilharia de 155 mm, projéteis teleguiados e mecanismos de defesa aérea a Israel, apesar das violações contra civis na Faixa de Gaza.
Em nota divulgada nesta terça-feira (21), o Pentágono afirmou “fornecer assistência militar às forças israelenses a partir de arsenais americanos em Israel e outros lugares”.
O governo do presidente Joe Biden aprovou um pacote militar a Israel estimado em US$14.3 bilhões, além de seu envio anual de US$3.4 bilhões. O apoio incondicional à ocupação reúne democratas e republicanos no Capitólio e na Casa Branca.
Biden, contudo, vive crise interna às vésperas de um conturbado ano eleitoral, à medida que a maioria do eleitorado — de ambos os partidos — expressa apoio a um cessar-fogo. Muitos progressistas advertem que não votarão em Biden.
O Serviço de Pesquisa do Congresso revelou que, desde 7 de outubro, o governo acelerou a provisão de ajuda militar a Israel, ao incluir “bombas de pequeno porte (115 kg), mísseis de interceptação, munição de ataque direto e mísseis de artilharia de 155 mm”.
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Mais de 30 organizações enviaram uma carta ao secretário de Defesa, Lloyd Austin, para instá-lo a “não enviar os mísseis de 155 mm em particular, dado que são bombas de uso indiscriminado usadas em Gaza, uma das áreas mais densamente povoadas do mundo”.
O New York Times reportou apreensão entre alguns deputados sobre uma venda de 24 mil rifles de assalto a Israel, estimada em US$34 milhões, cujo destino são colonos extremistas na Cisjordânia ocupada.
Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios intensos contra Gaza, em retaliação a uma ação surpresa do Hamas que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados.
São 14.128 palestinos mortos em um mês e meio, entre os quais 5.840 crianças, além de 30 mil feridos — cerca de 75% dos quais, crianças e mulheres. Quase 6.800 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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