Veículos militares israelenses parecem ter recuado nas últimas 48 horas a “pontos relativamente mais seguros”, embora mantenham sua presença no norte de Gaza.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Testemunhas em campo informaram que as tropas da ocupação israelense recuaram a uma distância de três quilômetros, a oeste do bairro de al-Sabra e da periferia de al-Zaytoun, em direção aos arredores do Hospital al-Shifa — maior complexo de saúde de Gaza, inoperante devido a uma invasão de Israel que matou diversos pacientes e refugiados.
As forças israelenses também se retiraram dos bairros Tal al-Hawa e al-Remal, na região sudoeste da cidade, rumo à rua al-Rashid na orla mediterrânea.
Em Beit Hanoun e Beit Lahia, no norte de Gaza, as posições foram mantidas, assim como no campo de refugiados de Jabaliya e nos arredores do Hospital Indonésio.
O aparente recuo foi realizado horas após o anúncio de uma trégua na qual o grupo Hamas e Israel trocarão prisioneiros, pelo período de quatro a cinco dias.
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As posições atuais são consideradas “relativamente seguras”, pois estão em áreas tomadas pelo exército israelense desde 27 de outubro, após extensiva campanha de ataques aéreos.
Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios intensos contra Gaza, em retaliação a uma ação surpresa do Hamas que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados.
São mais de 13 mil mortos em 45 dias, entre os quais 5.500 crianças e 3.500 mulheres, além de 30 mil feridos — cerca de 75% dos quais, crianças e mulheres.
Milhares de edifícios civis, incluindo bairros residenciais inteiros, hospitais, mesquitas, igrejas, escolas e abrigos, foram destruídos ou danificados. Milhares de pessoas estão desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.