O ministro de Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, enviou uma carta ao Conselho de Segurança da ONU contendo um “aviso explícito” sobre a possibilidade de uma “guerra regional” devido à situação no sul do Líbano, informou a televisão israelense na terça-feira (21).
Cohen alegou que, caso a Unidade Radwan do Hezbollah se mantiver na fronteira, em suposta violação da Resolução 1701 do Conselho de Segurança, e se a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) não usar todas as suas capacidades para impedir qualquer presença militar ao sul do rio Litani, uma “guerra regional” pode eclodir.
“No interesse da estabilidade regional e da prevenção de uma nova escalada, a próxima discussão do Conselho de Segurança deve adotar uma abordagem fundamentalmente distinta, para acabar com as graves violações cometidas pelo Hezbollah e outras organizações terroristas na fronteira”, escreveu Cohen.
A Resolução 1701 do Conselho de Segurança, que deu fim à guerra israelense contra o Líbano em 2006, estipula que o Hezbollah não pode operar no sul do país, e que apenas as forças filiadas ao governo em Beirute podem manter armas na região.
A missão da UNIFIL, que atua como em uma espécie de zona neutra entre Líbano e Israel, na área de fronteira, é implementar precisamente a Resolução 1701, que também determina, no entanto, a retirada de tropas israelenses.
No início de novembro, Amos Hochstein, enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, emitiu um aviso velado ao Líbano sobre um destino semelhante à guerra de Gaza, se persistir a escalada na zona de fronteira.
Desde 7 de outubro, Israel mantém disparos ao sul do Líbano, a fim de dissuadir o Hezbollah de se envolver na ofensiva a Gaza, que deixou mais de 14 mil palestinos mortos até então.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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