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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

EUA somam apoio a genocídio em Gaza a histórico de crimes na Síria

Forças dos Estados Unidos no distrito de Qamisli, na província de al-Hasakah, na Síria, em 16 de agosto de 2023 [Hedil Amir/Agência Anadolu]

Os Estados Unidos mantêm seu apoio incondicional aos crimes de guerra perpetrados por Israel em Gaza, enquanto preservam para si um longo histórico de violações na Síria, com milhares de civis mortos via ataques da coalizão durante a guerra civil.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Países da coalizão ocidental não somente lavaram as mãos diante dos ataques israelenses a hospitais, escolas, campos de refugiados, mesquitas e igrejas em Gaza, como manifestaram apoio e mesmo asseguraram seu envio de armas.

Líderes americanos e europeus visitaram Israel no decorrer do genocídio e garantiram cobertura diplomática aos crimes em curso.

O governo dos Estados Unidos do presidente Joe Biden reiterou apoio a Israel em todas as suas ações, ao enfatizar que não há limites para sua aliança, tanto política quanto militar.

Biden insiste em ecoar mentiras difundidas pela propaganda de guerra israelense e se recusa a pedir um cessar-fogo, a despeito dos apelos da maioria de sua população — às vésperas de um conturbado ano eleitoral no país.

Washington abriu caminho à continuidade do massacre por meio de seu poder de veto a resoluções por um cessar-fogo no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

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Apenas quando o número de vítimas em Gaza superou 11 mil mortos, sob crescente pressão doméstica, a Casa Branca começou a deferir mensagens frágeis a Israel, pedindo moderação diante de algumas demandas da lei internacional.

Os recentes eventos em Gaza, no entanto, parecem refletir os milhares de civis mortos pela coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh), ao intervir — contudo, ilegalmente — na guerra civil na Síria.

A Síria se mantém em conflito desde 2011, quando o presidente Bashar al-Assad reprimiu com brutalidade protestos por democracia. Diante do quadro de fragilidade institucional, Washington interveio, ao ocupar postos de petróleo até hoje.

Um total de 3.051 civis morreram em ataques da coalizão nas províncias de Raqqa, Aleppo, Deir ez-Zor, Al-Hasakah, Idlib, Homs e Dera, entre 2014 e 2023.

Nos bombardeios entre 2014 e 2020, “centros de vida civil” — lugares de culto, escolas e mercados — foram alvejados ao menos 181 vezes, segundo informações da Rede Síria de Direitos Humanos (RSDH), ong independente que registra violações de todas as partes no conflito.

Seu relatório classifica ataques em que ao menos cinco civis perderam a vida como “massacres”, somando-se assim 172 massacres cometidos pela coalizão.

Entre as baixas, são 926 crianças e 658 mulheres.

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Além disso, mais de 560 mil civis foram expulsos de suas casas em Raqqa, Deir ez-Zor e Al-Hasakah.

A ingerência americana no Oriente Médio apenas neste século, contudo, remete ao Iraque, quando uma campanha similar de desinformação e islamofobia levou à desastrosa “guerra ao terror”, com a invasão ilegal do país sob a falácia das “armas de destruição em massa”.

Os números de Gaza são ainda maiores em um período de tempo muito inferior, com 1.7 milhão de deslocados em somente seis semanas. O pequeno enclave mediterrâneo, com uma das maiores densidades demográficas do mundo, tem 2.4 milhões de habitantes.

Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios intensos contra Gaza, deixando 14.854 mortos, incluindo 6.150 crianças e mais de quatro mil mulheres, além de mais de 36 mil feridos — cerca de 75% dos quais, crianças e mulheres.

Cerca de sete mil pessoas estão desaparecidas sob os destroços — entre as quais, ao menos 4.700 crianças —, provavelmente mortas.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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