O grupo Houthi do Iêmen ameaçou atacar “qualquer equipamento militar” que proteja ou escolte navios israelenses em rota no Mar Vermelho, após apreender uma embarcação na região.
Segundo os houthis, no entanto, os tripulantes do barco capturado estão sendo tratados como “convidados” no país.
As declarações foram feitas durante visita do major-general Mohammed Fadl Abdul Nabi, comandante da Marinha do Iêmen, à tripulação do Galaxy Leader, cuja propriedade recai, em sociedade com terceiros, a um empresário israelense.
Abdul Nabi foi acompanhado pelo governador de Hudaydah, Mohammed Ayyash Qaheem, e pelo chefe de guerra da Marinha, coronel Mansour al-Saadi, entre outros oficiais.
À tripulação reforçou o general: “Vocês são convidados no Iêmen e estamos prontos para lhes dar absoluto cuidado, atenção e todos os serviços que precisam. Considerem-se, por favor, entre familiares e amigos”.
Porém, confirmou ordens para que suas forças invistam contra qualquer navio de bandeira israelense, operado por empresas do Estado ocupante ou pertencente a seus empresários, ao descrevê-los como “alvos legítimos” por prover recursos ao genocídio em Gaza.
Os houthis — ligados ao Irã — controlam o Iêmen desde 2014, quando capturaram boa parte do país, incluindo a capital Sanaa.
Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios intensos contra Gaza, deixando 14.854 mortos, incluindo 6.150 crianças e mais de quatro mil mulheres, além de mais de 36 mil feridos — cerca de 75% dos quais, crianças e mulheres.
Cerca de sete mil pessoas estão desaparecidas sob os destroços — entre as quais, ao menos 4.700 crianças —, provavelmente mortas.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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