Em mais uma fracassada tentativa de disseminar sua propaganda para o mundo, soldados israelenses tiraram fotos “libertando” pintassilgos pertencentes a palestinos do campo de refugiados de Balata, perto de Nablus, na Cisjordânia ocupada, após invadirem suas casas.
A emissora estatal israelense Kan alegou que os soldados “resgataram os pássaros” mantidos pelos cidadãos palestinos, levando a uma onda de críticas e escárnio nas plataformas de redes sociais.
Segundo a reportagem, os pintassilgos foram confiscados pela ocupação pois “eram mantidos de maneira ilegal”.
A Autoridade Ambiental de Israel aplaudiu os soldados por “libertar e resgatar” os animais, ao afirmar que “prendê-los é contra a lei porque são criaturas protegidas”.
LEIA: Ao mentir sobre Gaza, Biden dobra aposta em seu apoio a Israel
A retórica expõe o contraste com a desumanização imposta aos próprios palestinos, encarcerados em massa pela ocupação, sem acusação ou julgamento. Expõe ainda a dimensão da violência colonial sobre a vida doméstica do povo palestino.
O exército israelense intensificou seus ataques noturnos contra cidades e aldeias palestinas na Cisjordânia ocupada, no contexto da trégua provisória que interrompeu os bombardeios na Faixa de Gaza. Em meio à troca de prisioneiros, contudo, Israel prendeu mais pessoas do que libertou.