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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Papa Francisco denuncia ‘terrorismo’ israelense na Faixa de Gaza

Papa Francisco realiza missa pela paz na Basílica de São Pedro, no Vaticano, em 27 de outubro de 2023 [Riccardo De Luca/Agência Anadolu]

O papa Francisco denunciou os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza como “terrorismo”, durante um telefonema “tenso” com o presidente do Estado ocupante, Isaac Herzog, ainda no fim de outubro, revelou uma reportagem do jornal The Washington Post.

Segundo relatos corroborados por uma fonte israelense à agência Anadolu, alertou o pontífice: “Não é possível responder terror com mais terror”.

Durante a conversa, Herzog alegou que seu governo “está fazendo o que é preciso em Gaza para defender seu povo”. Em resposta, reiterou Francisco: “Que sejam responsabilizados os perpetradores, não os civis”.

O telefonema entre Tel Aviv e o Vaticano, no qual o papa denunciou as ações israelenses em Gaza como “ato de terrorismo”, foi visto pela propaganda israelense como algo tão negativo que sequer se tornou público até então.

Segundo a reportagem do The Washington Post, a assessoria da Igreja Católica se negou a esclarecer se as denúncias de Francisco foram feitas em âmbito público ou privado, porém confirmou a conversa.

“O telefonema, como outros no mesmo contexto, ocorreu conforme os esforços do Santo Padre para conter a gravidade e escala da situação na Terra Santa”, reconheceu o gabinete de imprensa do Vaticano.

Um porta-voz da presidência israelense se negou a comentar o episódio, ao declinar “inclinação” para mencionar “conversas privadas”.

Francisco, no entanto, tornou as acusações públicas, ao declarar durante uma missa: “Fomos além da guerra. Isso não é guerra. Isso é terrorismo”.

Nesta sexta-feira (1°), o exército israelense retomou seus ataques a Gaza, após sete dias de pausa para troca de prisioneiros.

Israel mantém bombardeios a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação surpresa do grupo Hamas que atravessou a fronteira e capturou colonos e soldados. Cerca de 15 mil palestinos foram mortos nos 45 dias que antecederam a trégua, entre os quais mais de seis mil crianças e quatro mil mulheres.

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