As famílias dos prisioneiros israelenses mantidos em Gaza estão pressionando o governo israelense a retornar às negociações de troca de prisioneiros com o Movimento de Resistência Islâmica da Palestina, o Hamas.
Em uma coletiva de imprensa realizada em Tel Aviv, as famílias ameaçaram organizar um protesto aberto em frente ao Ministério da Defesa se sua demanda não for atendida. De acordo com as famílias, ainda há 136 israelenses detidos em Gaza pelo Hamas e outras facções palestinas.
O Haaretz citou Daniel Lifshitz, neto de Yocheved Lifshitz, que foi libertada pelo Hamas, e Oded Lifshitz, que ainda está preso. Dirigindo-se ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ele disse: “Sua indiferença em relação a nós é uma vergonha. Se vocês não têm interesse em nos representar [nas negociações], recorreremos a um órgão internacional que concorde em fazê-lo”.
Em resposta à demanda das famílias, o gabinete de Netanyahu disse que “uma reunião está programada para ser realizada com as famílias e o gabinete militar na quarta-feira e, à luz da solicitação das famílias, será estudada a possibilidade de realizar a reunião antes dessa data”. No último sábado, o governo destacou que as negociações com o Hamas “chegaram a um beco sem saída”.
A trégua humanitária entre as facções da resistência palestina e Israel terminou na sexta-feira. Durante a trégua, houve troca de prisioneiros e uma quantidade limitada de ajuda humanitária foi levada para o enclave sitiado, que abriga 2,3 milhões de palestinos.
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