Em coletiva de imprensa convocada nesta quinta-feira (7), Ashraf al-Qudra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, reportou a morte de 350 palestinos pelos bombardeios de Israel em menos de 24 horas, além de 900 feridos.
Segundo os números oficiais, os mortos chegaram a 17.177 pessoas, além de 46 mil feridos, desde o início da ofensiva israelense em 7 de outubro.
Al-Qudra destacou que as forças ocupantes continuam a atacar ambulâncias e equipes de defesa civil. “Enfrentamos dificuldades em contar os mortos e feridos devido ao contínuo bombardeio e aos cortes nas comunicações”.
Al-Qudra reiterou que menos de 1% das baixas civis conseguiu deixar Gaza pela travessia de Rafah, para obter tratamento no exterior, e que as taxas de ocupação dos hospitais restantes no território costeiro superam 206%.
O porta-voz advertiu ainda que a suspensão dos serviços de saúde no norte de Gaza levarão a consequências catastróficas aos feridos e doentes.
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“Temos dificuldades enormes em manter operante o complexo de al-Shifa e precisamos de ajuda de organizações internacionais”, afirmou al-Qudra sobre o maior centro de saúde de Gaza, invadido por Israel em 15 de novembro.
“O Hospital Baptista entrou em colapso e não consegue mais prover serviços de saúde”, acrescentou.
Israel mantém bombardeios contra a Faixa de Gaza sitiada há dois meses. Aproximadamente 70% das vítimas são mulheres e crianças. As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.