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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel tortura pessoas sequestradas em Gaza, alertam ongs

Palestinos protestam pela soltura dos prisioneiros políticos nas cadeias de Israel, em frente ao escritório da Cruz Vermelha em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 21 de novembro de 2023 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

A Comissão de Assuntos dos Ex-prisioneiros, o Clube dos Prisioneiros Palestinos e a ong Addameer emitiram um comunicado conjunto para denunciar as políticas adotadas por Israel sobre os palestinos detidos em Gaza, então desaparecidos à força.

Palestinos recém libertados das cadeias da ocupação, sobretudo a penitenciária de Ofer, detidos em alas próximas aos prisioneiros de Gaza, reportaram que “carcereiros e forças israelenses cometem atos atrozes e hediondos contra eles, em segredo”.

As organizações alertaram ainda para possibilidade de execuções sumárias contra os prisioneiros, à medida que Israel se recusa a divulgar informações sobre seu destino, incluindo números, locais de detenção e condições de saúde.

Segundo relatos, ao menos 320 pessoas abduzidas em Gaza estão detidas nas alas 23 e 25 da penitenciária de Ofer. Cada ala tem capacidade de 120 prisioneiros.

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Palestinos de Gaza sofrem tratamento particularmente degradante, incluindo ordens para que cantem canções pró-Israel e ajam como cachorros antes de receberem suas refeições. Conforme os relatos, é possível ouvir seus gritos dia e noite, devido a tortura.

As organizações reiteraram que a persistente negativa israelense em revelar o paradeiro dos detidos “serve para cobrir os crimes cometidos contra eles”.

“A ocupação israelense, que continua a executar seu genocídio em Gaza, diante dos olhos de todo o mundo, não encontrará ninguém que os impeça a conduzir execuções secretas contra seus prisioneiros”,

acrescentou o alerta.

Israel mantém bombardeios contra a Faixa de Gaza sitiada há dois meses. Estima-se 20 mil mortos e até 50 mil feridos, incluindo milhares de pessoas sob os escombros. Cerca de 70% das vítimas são mulheres e crianças.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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