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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel ‘replica os mesmos crimes’ da Nakba de 1948, reporta Monitor Euromediterrâneo

Palestinos deslocados caminham em meio aos destroços deixados pelos bombardeios israelenses, em Khan Yunis, na Faixa de Gaza, em 24 de novembro de 2023 [Mustafa Hassona/Agência Anadolu]

Israel está “replicando os mesmos crimes” executados durante a Nakba, ou “catástrofe” palestina, de 1948, quando cerca de 800 mil palestinos nativos foram expulsos de suas terras por milícias coloniais, para criação do Estado de Israel, afirmou em nota o Monitor de Direitos Humanos Euromediterrâneo, organização sediada em Genebra.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

“O exército israelense está replicando os mesmos crimes cometidos por gangues sionistas durante a Nakba, que resultaram do deslocamento em massa do povo palestino”, destacou a ong.

“Os crimes incluem assassinato premeditado e ataques incendiários a casas e propriedades, além de tortura, assédio e humilhação a civis detidos”, acrescentou.

Ao citar testemunhos de civis recém-libertados, destacou o Monitor Euromediterrâneo: “Deve-se abrir urgentemente uma investigação internacional sobre os crimes hediondos perpetrados pelo exército de Israel durante suas incursões por terra à Faixa de Gaza, incluindo execuções sumárias, tortura e mesmo ameaças de estupro”.

A organização reiterou que a situação em Gaza equivale a “genocídio em curso”.

Segundo a denúncia, forças israelenses “aterrorizam e espancam residentes, além de prender centenas deles, incluindo mulheres, crianças e doentes”. As prisões arbitrárias não pouparam deficientes, dentre os quais um jovem com hemiplegia, isto é, paralisia em metade do corpo.

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Soldados israelenses removeram as pessoas de suas casas, deixaram-nas nuas e então as agrediram com água fria, cabos elétricos e metralhadoras.

O monitor reuniu relatos sobre forças especiais israelenses que invadiram abrigos aos refugiados em todo o território de Gaza, que abrigam milhares de pessoas em condições precárias de superlotação. “Invasões como essas envolvem execução de jovens à queima-roupa”, reiterou.

A organização pediu ainda à Organização das Nações Unidas (ONU) que “assuma suas responsabilidades e forneça salvo-conduto aos deslocados para evacuação” das áreas sob bombardeios. Além disso, exigiu de Israel que respeite a lei internacional para proteger a população civil.

Israel retomou sua ofensiva por ar e terra em Gaza em 1° de dezembro, após uma trégua de sete dias para troca de prisioneiros com o grupo de resistência Hamas.

Estima-se 18 mil palestinos mortos desde 7 de outubro e quase 50 mil feridos, além de milhares de desaparecidos sob os escombros – provavelmente mortos.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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