A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou seu apoio a eventuais sanções impostas a colonos ilegais israelenses na Cisjordânia ocupada.
Von der Leyen condenou ontem (13) a “escalada” da violência colonial nos territórios palestinos, ao descrever as ações extremistas – encorajadas e efetivamente armadas pelo regime de Israel – como ameaça à estabilidade regional.
“O aumento na violência perpetrada por colonos extremistas inflige enorme sofrimento aos palestinos e prejudica as chances de paz”, reconheceu von der Leyen ao Parlamento Europeu. “Além disso, torna toda a região mais instável”.
Em seguida, declarou:
Por isso, sou favorável a impor sanções a perpetradores dos ataques na Cisjordânia. É preciso responsabilizá-los.
Previamente, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, advertiu que a violência cometida contra os palestinos nativos na Cisjordânia pode voltar-se a Israel, caso não seja controlada. A declaração de Lloyd parece corroborar receios de relações públicas da Casa Branca, à medida que mantém, contudo, o financiamento às ações de Israel.
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Josep Borrell, chefe de política externa da União Europeia, também criticou os ataques, ao alegar “profunda preocupação sobre a matéria” – todavia, sem ações efetivas até então.
Israel mantém bombardeios a Gaza desde 7 de outubro, deixando 18 mil mortos e 50 mil feridos – 70% mulheres e crianças.
Na Cisjordânia, arma colonos ilegais e executa uma campanha repressiva que dobrou a população carcerária nas celas da ocupação. A maioria dos presos não tem julgamento ou sequer acusação – reféns, por definição.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.