Ashraf al-Qudra, porta-voz do Ministério da Saúde na Faixa de Gaza, advertiu que a situação sanitária e humanitária nos abrigos é “letal devido à propagação de epidemias, doenças infecciosas e desnutrição, além de falta de água potável e de meios de higiene pessoal”.
Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (13), al-Qudra explicou que as equipes de saúde de Gaza detectaram ao menos 327 mil casos de doenças infecciosas a partir dos abrigos. Conforme o porta-voz, o número real é provavelmente muito maior, uma vez que o acesso à saúde é restrito pelos ataques por ar e terra das forças de Israel.
Insumos de vacinação infantil também se esgotaram, informou al-Qudra, ao sugerir uma catástrofe sanitária no futuro próximo, à medida que Israel destrói bairros inteiros, ao deslocar suas famílias a abrigos superlotados.
Al-Qudra pediu intervenção imediata da comunidade internacional para vacinar as crianças e levar cuidados básicos de saúde a todas as áreas de Gaza.
LEIA: Bombas, chuva e frio: A tragédia dos refugiados de Gaza
O ministério também atualizou o número de baixas pelos incessantes bombardeios de Israel: 18.608 mortos e 50.594 feridos, a maioria crianças.
Em 24 horas, ao menos 196 palestinos morreram e outros 499 foram feridos. Milhares de pessoas continuam sob os escombros – provavelmente mortas.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.