Autoridades israelenses estão estudando a possibilidade de empregar tropas da ocupação no lado egípcio da travessia de Rafah, no extremo sul de Gaza, sob o pretexto de garantir que membros do Hamas não “escapem” ou “contrabandeiem” prisioneiros de guerra do território sitiado.
Segundo a televisão israelense, “medidas de segurança” como essa são pauta de debate entre as agências relevantes, tanto em Tel Aviv quanto no Cairo.
Informações sugerem ainda que o exército da ocupação israelense passou a monitorar o eixo viário de Salah al-Din, entre Egito e Gaza, a fim de impedir possíveis tentativas de “líderes do Hamas de escapar ou de contrabandear reféns ao território egípcio”.
A rádio militar israelense Kan alegou “receios [de que] lideranças do Hamas escapem via túneis ao Sinai, junto de reféns, para chegar a um país que aceitaria sua presença, como Irã, Iêmen e Líbano”.
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Uma fonte egípcia confirmou à rede Al-Araby al-Jadeed que “oficiais israelenses sugeriram planos nesse sentido, sob o pretexto de impedir as facções da resistência de construir túneis na área para levar armas a Gaza”.
Segundo o relato, “oficiais no Cairo responderam às alegações israelenses ao insistir que as agências relevantes do Egito cumprem seu papel no que diz respeito a tais apreensões”. Conforme a fonte, “o Egito demoliu todos os túneis na área”.
Israel mantém bombardeios a Gaza desde 7 de outubro, deixando 18 mil mortos e 50 mil feridos – a maioria mulheres e crianças. As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.