Ron Dermer, ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, reconheceu nesta terça-feira (12) que seu governo considera encorajar a migração “voluntária” da Faixa de Gaza.
Dermer confirmou a possibilidade de criar um corredor por ar e terra para que os palestinos nativos deixem o território costeiro, reportou o website Sky News em árabe.
O plano, contudo, tem caráter de limpeza étnica, ao coagir uma nova onda de transferência compulsória por meio da destruição da infraestrutura civil da Faixa de Gaza, a fim de ocupar o território, anexá-lo e repovoá-lo com colonos ilegais.
Na segunda-feira (11), a imprensa israelense reportou que o premiê Benjamin Netanyahu compôs uma equipe secreta para discutir o “pós-guerra”. A equipe inclui Dermer e outros políticos, diplomatas e militares que devem esquematizar a colonização das terras.
LEIA: Bombas, chuva e frio: A tragédia dos refugiados de Gaza
Segundo o Canal 13, a equipe foi formada sob pressão de Washington e é comandada pelo assessor de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, junto de Dermer. Agentes do Mossad e do Shin Bet fazem parte do círculo íntimo.
Desde 7 de outubro, o exército israelense mantém uma guerra de extermínio contra Gaza, deixando 18.412 mortos e 50.100 feridos, a maioria mulheres e crianças.
Diversas lideranças de Israel já confirmaram intuito genocida, ao reconhecer que o objetivo da operação é esvaziar Gaza de sua população civil. Soldados coloniais hastearam bandeiras sobre as ruínas palestinas, no intuito de manifestar sua suposta conquista da terra.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.
Este conteúdo da Middle East Monitor está licenciado sob uma Internacional Creative Commons Atribuição Não Comercial de Livre Compartilhamento (Attribution-NonCommercial-ShareAlike) 4.0.. Se a imagem tiver nosso crédito, essa licença também se aplica a ela. O que isso significa? Para permissões além do escopo desta licença, entre em contato conosco.
Detectou um erro nesta página? Informe-nos
