O ministro de Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, voltou a dizer nesta quarta-feira (13) que consentir com um cessar-fogo em Gaza no presente momento seria um “erro”, ao reiterar que o genocídio contra a população palestina seguirá adiante independente do repúdio internacional.
“Um cessar-fogo no presente momento seria um presente aos terroristas do Hamas [sic] para que voltem a ameaçar nossa população”, alegou Cohen.
Na terça-feira (12), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reconheceu que Israel passa por uma crise de relações públicas devido a seus bombardeios “indiscriminados” a Gaza.
Biden instou o governo em Israel a mudar de postura, ao aceitar a possibilidade de uma “solução de dois Estados”.
LEIA: Israel sofre isolamento diplomático e maiores perdas militares desde outubro
As declarações de Biden confirmam a apreensão do governo democrata em meio a uma contumaz crise interna, às vésperas de um conturbado ano eleitoral. Todavia, não incorreram até então em medidas práticas, dado que Biden insiste no apoio diplomático e financeiro a Israel.
A soldados radicados em Gaza, via rádio militar, o premiê israelense Benjamin Netanyahu ecoou Cohen, ao declarar: “Continuaremos até o fim, até a vitória, até aniquilar o Hamas. Nada vai nos parar”.
Diante de uma eventual escalada com o movimento libanês Hezbollah, Cohen insistiu no suposto respeito às fronteiras, ao ameaçar uma guerra regional.
Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios a Gaza, deixando quase 20 mortos e 50 mil feridos – 70% mulheres e crianças. Além disso, dispara foguetes ao território do Líbano, a fim de “dissuadir” o Hezbollah – ligado ao Irã – de intervir na guerra.
Dentre os projéteis israelenses, estão bombas proibidas de fósforo branco, fabricadas nos Estados Unidos, que causam queimaduras graves e danos severos ao meio-ambiente.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.