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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Diante de genocídio, colonos israelenses planejam ‘casa dos sonhos’ em Gaza

Colonos israelenses erguem bandeira nacional no assentamento de Nahal Oz, perto da fronteira com Gaza, em 4 de maio de 2018 [Ahmad Gharabli/AFP via Getty Images]

Uma coalizão de colonos israelenses, com financiamento do Estado, reuniu-se para debater um “plano prático” para construir os primeiros assentamentos em Gaza, após ser concluída a atual operação de limpeza étnica no território palestino.

A conferência incitou alertas sobre a intenção israelense de anexar as terras ao expulsar a população nativa, para substituí-la por colonos ilegais.

A firma imobiliária israelense Harey Zahav, conhecida por investir em assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada, revelou seu plano de mercado para a Faixa de Gaza. Sua peça publicitária anuncia: “Uma casa na praia não é um sonho!”.

A propaganda levou à condenação de diversas partes. Críticos denunciam planos explícitos de colonização pós-genocídio, somando-se aos crimes de guerra e lesa-humanidade perpetrados pelas forças de Israel.

Construir assentamentos sobre ruínas palestinas traz memórias traumáticas da Nakba, ou “catástrofe”, em maio de 1948, quando 500 aldeias e cidades foram destruídas por milícias sionistas para estabelecer o Estado de Israel.

Na ocasião, cerca de 800 mil pessoas foram expulsas de suas terras ancestrais.

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À medida que Israel insiste em seu genocídio em Gaza, apesar do repúdio internacional, colonos supremacistas se mobilizam, com apoio do governo, para ampliar seu controle sobre a Palestina histórica, ao expulsar a população nativa.

Líderes coloniais e mesmo ministros defendem publicamente a anexação de terras ocupadas, sob pretextos fundamentalistas. O Estado israelense chegou a armar colonos extremistas, em meio a uma escalada de crimes de ódio.

Dois milhões de palestinos – entre 2.4 milhões de habitantes – foram deslocados à força em Gaza, sob os bombardeios de Israel, em direção à Rafah, na fronteira com o Egito.

Grupos coloniais afirmam que, após o conflito, “ninguém poderá lhes dizer o que fazer”, ao reiterar um sentimento de empoderamento e impunidade internacional.

Ao invés de mitigar tensões, a retórica do governo israelense buscou alimentar uma visão messiânica de “Grande Israel”, ao anexar terras árabes e perpetuar a opressão e a limpeza étnica. O discurso desumanizante corrobora o intuito genocida de Israel.

A comunidade internacional teme que, sem uma intervenção urgente para conter a violência colonial, os fatos em campo, impostos pela ocupação israelense, possam ameaçar quaisquer prospectos ou esperanças de coexistência pacífica na região.

Israel mantém uma brutal ofensiva contra Gaza desde 7 de outubro, deixando 19.453 mortos e 52.286 feridos – 70% dos quais, mulheres e crianças.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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