Yoav Zitun, correspondente militar do jornal em hebraico Yedioth Ahronoth, reafirmou nesta segunda-feira (18) que nos dois meses de bombardeio israelense a Gaza tornou-se claro que que o grupo de resistência Hamas possui um “exército infinito” e que o sonho de destruí-lo é nada mais que uma “ilusão”.
Segundo seu relato, as batalhas de Shuja’iyya, Jabaliya e Khan Younis se tornaram “lentas e perigosas”. Zitun reiterou que o exército realiza “operações especiais, porém sem sucesso”, de modo que a situação em Khan Younis é “mais complexa”.
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Conforme o analista, a missão em Khan Younis divide-se em dois campos: primeiro, acima da superfície, “o mundo visível”; segundo, “um mundo subterrâneo projetado à parte dentro de uma rede de túneis que, conforme estimativas militares, abrigam a liderança do Hamas”.
A ofensiva israelense continua a avançar rumo ao sul, sob pretexto de buscar líderes do Hamas — contudo, sem evidências. Há algumas semanas, o exército ocupante invadiu o Hospital al-Shifa, maior complexo médico de Gaza, sob o mesmo pretexto – novamente, sem sucesso.
“O exército chegou à conclusão que o fim da guerra ainda deve demorar meses, mas cada anúncio de iminente derrota ou destruição do Hamas é certamente distante da realidade; nada mais que uma ilusão e uma miragem”, admitiu Zitun.
Israel mantém ataques brutais contra Gaza desde 7 de outubro, deixando 19.453 mortos e 52.286 feridos – 70% mulheres e crianças. Os ataques têm como alvo toda a infraestrutura civil do território palestino, incluindo abrigos e hospitais.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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