O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, reconheceu estar preocupado que as táticas de guerra israelenses na Faixa de Gaza sitiada imponha “riscos” de longo prazo à segurança e ao apoio diplomático do Estado ocupante.
As informações são da agência de notícias Reuters.
Ao conversar com a imprensa nesta quinta-feira (21), Trudeau afirmou que outros aliados de Israel compartilham a preocupação do Canadá.
“Seus mais fortes aliados estão cada vez mais apreensivos que ações de curto prazo tomadas por Israel estejam de fato pondo em risco a segurança de longo prazo e até mesmo o apoio ao Estado judeu [sic] no futuro”, advertiu Trudeau.
Na semana passada, Canadá, Austrália e Nova Zelândia expressaram apoio a esforços globais para um “cessar-fogo sustentável” em Gaza, ao coordenar manifestações de apreensão após os Estados Unidos alertarem Israel da crise de relações públicas.
“Israel tem o direito e a responsabilidade de se defender [sic], mas tem de fazê-lo de forma cuidadosa com o impacto aos civis”, insistiu o premiê canadense.
O apoio “incondicional” a Israel e a forte propaganda de guerra da imprensa corporativa nos Estados Unidos e outros países ocidentais não conseguiu conter o crescimento do apoio aos movimentos de resistência nacional palestina, sobretudo entre jovens, incluindo coletivos de judeus antissionistas.
O governo americano de Joe Biden enfrenta crise interna às vésperas de um conturbado ano eleitoral, no qual deve voltar a concorrer com Donald Trump. Muitos progressistas citam seu apoio ao genocídio em Gaza como razão para se abster no pleito.
Israel mantém bombardeios brutais a Gaza desde 7 de outubro, deixando 20 mil mortos, 50 mil feridos e dois milhões de desabrigados, de uma população de 2.4 milhões de pessoas, além de milhares de desaparecidos sob os escombros.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.