Forças israelenses invadiram a cidade de Ramallah, no centro da Cisjordânia ocupada.
Ramallah é a capital administrativa da Autoridade Palestina (AP), dominada pelo Fatah, sem qualquer presença política ou militar do grupo de resistência Hamas.
A Autoridade é uma entidade de autonomia limitada estabelecida pelos Acordos de Oslo, de 1993, segundo os quais a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) reconheceu Israel em troca de promessas de negociações a um Estado palestino jamais consolidadas.
Segundo um correspondente da agência Anadolu, relatos apontam que 30 veículos armados invadiram diversos bairros, incluindo ataques de soldados a residências e lojas. Câmeras de segurança nas lojas foram apreendidas arbitrariamente.
Conforme testemunhas, soldados dispararam gás lacrimogêneo durante a operação, levando a sintomas de asfixia entre a população palestina.
Desde 7 de outubro, Israel escalou suas medidas draconianas na Cisjordânia, ao amplificar o círculo de repressão para além de Nablus e Jenin e dobrar a população carcerária. São quase cinco mil palestinos presos em dois meses, a maioria sem julgamento ou sequer acusação — reféns, por definição.
Em Gaza, os bombardeios e a invasão por terra deixaram 20 mil mortos, 50 mil feridos e dois milhões de deslocados internos. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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