O Ministério de Relações Exteriores da Autoridade Palestina (AP) pediu nesta terça-feira (26) à Organização das Nações Unidas (ONU) que declare oficialmente crise de fome na Faixa de Gaza sitiada, sob ataques israelenses desde 7 de outubro.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“Relatos em escala internacional mostram propagação da fome entre as famílias palestinas, que passam dias inteiros sem comer”, destacou a chancelaria em nota. “Mais de um milhão de pessoas em Gaza estão morrendo de fome”.
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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou previamente que quatro a cada cinco pessoas, entre as mais necessitadas de alimento no mundo, estão em Gaza.
“Em torno de 1.9 milhão de deslocados estão nos centros de abrigo, expostos a fome severa, e mais de 50 mil mulheres grávidas estão nas mesmas instalações sem água, medicamento ou cuidados de saúde adequados”, acrescentou o ministério.
Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios implacáveis contra Gaza, deixando 20.674 mortos e 54.536 feridos, além de dois milhões de desabrigados — ao menos 70% das baixas são mulheres e crianças.
O massacre deixou Gaza em ruínas, com metade das casas destruídas ou danificadas. Rotas
de fuga, abrigos das Nações Unidas, escolas e hospitais não foram poupados.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.