Forças da ocupação israelense retiraram tanques e unidades de infantaria de diversas áreas da Faixa de Gaza sitiada, ao intensificar, no entanto, seus ataques aéreos.
Testemunhos palestinos reportaram recuos consideráveis das tropas ocupantes, sobretudo no noroeste de Gaza, como nos bairros de al-Nasr e al-Maqousi, na região do hospital Rantissi, no campo de refugiados de al-Shati e nos arredores da Diretoria de Segurança Geral.
A mídia israelense corroborou os relatos de retirada e desmobilização das tropas nos próximos dias, em particular, no norte de Gaza — destruído e despovoado por uma implacável campanha de quase três meses.
Reportagens destacaram, porém, que a 98ª Divisão ainda comanda ao menos sete brigadas em Khan Yunis, no sul do território, para onde os palestinos do norte foram instruídos a fugir.
Apesar de sua flagrante ofensiva contra a população e a infraestrutura civil, Israel insiste que seu objetivo é localizar os prisioneiros de guerra e exterminar a liderança do Hamas.
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A ocupação voltou a bombardear a cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, também designada “zona segura”. Os novos disparos foram lançados de barcos de guerra posicionados nas águas territoriais de Gaza, ao longo da costa.
Bombardeios por ar e terra seguiram ainda contra o centro, leste e norte de Khan Yunis.
Israel mantém sua agressão a Gaza desde 7 de outubro, deixando 21.978 palestinos mortos e ao menos 56.697 feridos — além de dois milhões de desabrigados. Estima-se dez mil pessoas ainda desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.