O Marinha do Irã enviou sua fragata IRIS Alborz à região do Mar Vermelho, em meio a uma escalada de tensões na importante rota comercial, após o governo iemenita houthi reagir à agressão israelense a Gaza com um embargo militar, incluindo ao disparar foguetes a barcos ligados à ocupação, caso não respondessem aos alertas.
As informações são da agência de notícias Reuters, com fontes da agência iraniana Tasnim.
Teerã não deu detalhes sobre a missão, mas sua agência semioficial destacou que navios de guerra operam em áreas abertas desde 2009, a fim de assegurar o comércio, combater atos de pirataria e executar outras tarefas relevantes.
Em resposta às ações houthis no Mar Vermelho, muitas companhias de navegação apelaram à rota mais remota e onerosa do Cabo da Boa Esperança, em torno do continente africano, em vez do Canal de Suez, que costuma abranger cerca de 12% do comércio global.
A fragata iraniana entrou no Mar Vermelho através do estreito de Bab al-Mandab; a data da operação não foi divulgada. Relatos não verificados apontam, porém, que o barco chegou à região na noite de sábado (30).
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Além disso, a fragata Alvand, de fabricação britânica, parte da 34ª Frota da Marinha do Irã, patrulha o Golfo do Aden, o norte do Oceano Índico e Bab al-Mandab, desde 2015, reiterou a televisão iraniana no mesmo contexto.
A 5ª Frota dos Estados Unidos, estacionada no Bahrein, afirmou não conseguir contato com seus homólogos iranianos e preferiu não comentar os relatos sem verificá-los.
No fim de semana, forças houthis supostamente atacaram um barco de carga da companhia Maersk, com mísseis e botes, levando a empresa a interromper todas as operações no Mar Vermelho por 48 horas.
Na noite de domingo (31), a Marinha americana atacou três barcos iemenitas, matando toda a tripulação. Washington, por sua vez, revelou planos para avançar nos ataques contra alvos houthis, após formar uma coalizão transnacional em apoio a Israel.
Há um mês, Shahram Irani, chefe da Marinha iraniana, confirmou operações da embarcação Alborz no Mar Vermelho. Sobre a conjuntura, em 14 de dezembro, comentou o ministro da Defesa, Mohammad Reza Ashtiani: “Não permitiremos que ninguém aja em nossa região de influência”.
O Pentágono tem três barcos estacionados nos mares regionais, incluindo o destróier USS Mason e o porta-aviões nuclear USS Dwight D. Eisenhower — a partir do qual decolou o
z helicóptero que alvejou os houthis nos últimos dias.
A Marinha britânica enviou o destróier HMS Diamond à região. A França, por sua vez, enviou sua fragata Languedoc.
Tensões geopolíticas tomaram a arena global desde outubro de 2023, quando Israel lançou sua agressão a Gaza em retaliação a uma operação de resistência do movimento Hamas. No enclave palestino, são mais de 21 mil mortos e quase 60 mil feridos, sob uma campanha que equivale a punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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Israel mantém ainda ataques contra o sul do Líbano e alvos iemenitas. Há relatos de disparos contra o norte do Egito e mesmo Iraque. Além disso, insiste em uma retórica inflamatória contra o Irã, principal aliado da Rússia no Oriente Médio.
Analistas alertam para o risco de disseminação da guerra em escala mundial.