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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Hamas pede ‘governo de união nacional’ em Gaza e Cisjordânia, destaca Haniyeh

Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político do movimento Hamas, em 13 de outubro de 2022 [Fazil Abd Erahim/Agência Anadolu]

Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político do movimento Hamas, disse nesta terça-feira (2) que sua organização está aberta à formação de um “governo de união nacional” para administrar a Faixa de Gaza sitiada e a Cisjordânia ocupada.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Em discurso gravado, declarou Haniyeh:

Estamos abertos a reconstruir democraticamente nossa referência nacional sob o guarda-chuva da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), além de consentir, portanto, com um governo de união para Gaza e Cisjordânia.

Haniyeh prometeu que Gaza não viverá um “vácuo político”, rumo a um acordo de reconciliação nacional para administrar os territórios palestinos.

Gaza e Cisjordânia permanecem divididas desde 2007, quando o Hamas — então como partido político — ganhou as eleições nacionais palestinas; porém sem aval de Israel, em favor do bloco colaboracionista de Mahmoud Abbas.

Desde então, o Hamas governa Gaza, enquanto o Fatah, na forma da Autoridade Palestina (AP), governa a Cisjordânia.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, opõe-se ao retorno da Autoridade Palestina a Gaza, ao insistir, no entanto, na “reocupação” do território.

LEIA: Israel mata vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri, em ataque ao Líbano

Sobre um cessar-fogo em Gaza, Haniyeh confirmou que o grupo apresentou condições a Egito e Catar para suspender os combates e negociar prisioneiros.

Segundo Haniyeh:

Nosso ponto de vista se baseia em uma cessação abrangente da agressão contra o povo [palestino], além de fornecimento contínuo de assistência humanitária e resposta devida a seus direitos legítimos.

Israel mantém sua agressão a Gaza desde 7 de outubro, deixando 22.185 mortos e 57.035 feridos — além de dois milhões de desabrigados entre os 2.4 milhões de habitantes. Dez mil pessoas ainda estão desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.

A maioria das vítimas são mulheres e crianças.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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