A ocupação israelense mantém 661 palestinos de Gaza em suas cadeias. O número, no entanto, não inclui desaparecidos desde 7 de outubro, encarcerados na instalação de Sde Teiman, perto de Be’er Sheva, segundo informações do jornal israelense Haaretz.
As autoridades se recusam a revelar o número de palestinos detidos em Sde Teiman, ou prover detalhes sobre sua eventual libertação ou transferência ao sistema carcerário regular.
Segundo uma fonte, os prisioneiros de Sde Teiman são submetidos a violência nas mãos de seus carcereiros, soldados israelenses que agem “conforme seus caprichos”. Os reféns palestinos são espancados, algemados a paredes e forçados a posições de grave desconforto.
A maioria dos palestinos abduzidos em Gaza estão na penitenciária de Ktzi’ot, conforme relatos do Serviço Penitenciário de Israel, sob solicitações de transparência de organizações de direitos humanos. No entanto, não é possível verificar os dados de maneira independente.
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Israel mantém ataques implacáveis contra Gaza desde 7 de outubro, deixando 22.185 mortos e quase 58 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. Os massacres israelenses deixaram Gaza em ruínas, sob profunda crise humanitária.
Cerca de 60% da infraestrutura local foi destruída ou danificada, em meio a um cerco absoluto imposto por Israel que priva os habitantes carentes de luz, água, comida e medicamentos.
Junto a uma campanha de prisão na Cisjordânia ocupada, Israel dobrou a população carcerária palestina. A maioria dos presos, incluindo mulheres, crianças e pacientes com câncer, continua em custódia sem julgamento ou sequer acusação — reféns, por definição.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.