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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel retém corpos de 450 palestinos desde 7 de outubro

Soldados do exército israelense patrulham assentamento de Kfar Aza, ao sul do território considerado Israel, perto da fronteira com Gaza, em 15 de outubro de 2023 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Israel retém os corpos de ao menos 450 palestinos da Cisjordânia ocupada e de Gaza sitiada nos chamados “cemitérios de números”, reportou nesta terça-feira (2) a Campanha Nacional para a Recuperação de Corpos Palestinos.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Entre os mortos mantidos em custódia, estão 18 prisioneiros políticos que morreram dentro das cadeias da ocupação.

As vítimas incluem 21 menores, cinco mulheres e 52 palestinos de Gaza.

“Israel reteve 101 corpos em 2023, maior número registrado em um ano até então”, reportou a ong. Todavia, desde 7 de outubro, Israel escalou suas violações, como punição coletiva por uma ação surpresa do grupo Hamas que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados.

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A ong observou que os índices excluem corpos abduzidos em Gaza e nos arredores desde então, “devido à falta de informações precisas”.

“Cemitérios de números” são locais de sepultamento coletivo, sem a devida identificação, salvo uma placa de metal com um registro numérico, que corresponde ao processo contra o indivíduo nas cortes militares de Israel.

A detenção dos mortos é crime conforme a Quarta Convenção de Genebra.

Em setembro de 2019, a Suprema Corte de Israel emitiu uma decisão para permitir que o chefe do exército retivesse temporariamente corpos de palestinos mortos por soldados da ocupação, para usá-los futuramente como “moeda de troca”.

Israel mantém ataques implacáveis contra Gaza desde 7 de outubro, deixando 22.185 mortos e quase 58 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. Os massacres israelenses deixaram Gaza em ruínas, sob profunda crise humanitária.

Cerca de 60% da infraestrutura local foi destruída ou danificada, em meio a um cerco absoluto imposto por Israel que priva os habitantes carentes de luz, água, comida e medicamentos.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

 

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