Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah, afirmou nesta sexta-feira (5) que o movimento libanês conduziu 670 operações contra Israel nos últimos três meses, segundo informações da agência de notícias Anadolu.
“O que está acontecendo na fronteira israelo-libanesa é inédito desde 1948”, alegou Nasrallah, em discurso à televisão. “O inimigo [Israel] não reconhece suas fatalidades ou feridos, parte de sua política de omissão e segredo sobre as perdas desde outubro”.
Tensões na fronteira escalaram desde o início da ofensiva israelense a Gaza, que matou 22.400 palestinos e deixou 57.614 feridos até então — 70% dos quais mulheres e crianças. A campanha israelense é retaliação a uma ação transfronteiriça do Hamas que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados.
LEIA: McDonald’s admite ‘impacto significativo nos negócios’ sob esforços de boicote
Israel e Hezbollah trocam disparos desde então, na maior escalada desde a guerra aberta entre as partes em 2006. Do lado israelense, houve sucessivos disparos de fósforo branco ao território libanês — substância proibida que causa queimaduras graves e danos ambientais.
A crise regional tomou proporções sem precedentes após um ataque a drone israelense causar a morte do vice-líder político do Hamas, Saleh al-Arouri, na capital libanesa Beirute.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.