O Líbano confirmou sua intenção de registrar uma queixa junto ao Conselho de Segurança das Nações Unidas contra Israel, após o assassinato do vice-líder político do Hamas, Saleh al-Arouri, entre outros líderes das Brigadas al-Qassam, no sul de Beirute, na noite de terça-feira (2).
As informações foram divulgadas pela imprensa local.
Najib Mikati, premiê libanês em caráter interino, condenou o ataque ao descrevê-lo como “novo crime israelense”, a fim de arrastar o Estado levantino à guerra.
Segundo comunicado, Mikati instruiu o ministro de Relações Exteriores, Abdullah Bou Habib, a submeter uma queixa urgente ao Conselho de Segurança sobre “as novas violações israelenses contra a soberania libanesa”, ao “atacar flagrantemente” o subúrbio sul de Beirute.
LEIA: McDonald’s admite ‘impacto significativo nos negócios’ sob esforços de boicote
Sobre a matéria, advertiu Mikati: “Esta explosão é um novo crime israelense que busca arrastar o Líbano a uma nova fase de confrontações após ataques diários, ainda em curso, no sul do país, levando a um grande número de mártires e feridos”.
Tensões na fronteira israelo-libanesa escalaram desde o início da ofensiva a Gaza, deixando ao menos 22.400 palestinos mortos e 57.614 feridos — 70% dos quais mulheres e crianças.
Israel e Hezbollah trocam disparos desde então, na maior escalada desde a guerra aberta entre as partes em 2006. Do lado israelense, houve sucessivos disparos de fósforo branco ao território libanês — substância proibida que causa queimaduras graves e danos ambientais.
A crise regional tomou proporções sem precedentes após um ataque a drone israelense causar a morte de al-Arouri em solo libanês.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.