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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Chamados por cessar-fogo em Gaza interrompem discurso de Biden

Presidente dos EUA Joe Biden em Blue Bell, no estado da Pensilvânia, em 5 de janeiro de 2024 [Kyle Mazza/Agência Anadolu]

Um discurso do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizado em uma Igreja Metodista Episcopal Africana (AME) em Charleston, na Carolina do Sul, foi interrompido por chamados por cessar-fogo na Faixa de Gaza sitiada.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

“Se você realmente se importa com as vidas perdidas, deveria honrá-las e pedir um cessar-fogo na Palestina”, gritou um dos presentes, seguido por apelos coletivos por “cessar-fogo já”.

Biden foi então escoltado para fora da igreja.

Após sua saída, alguns apoiadores começaram gritos de “mais quatro anos”, em referência à campanha eleitoral do incumbente democrata.

LEIA: Israel impõe fome a 2.2 milhões de palestinos em Gaza, alerta ong B’Tselem

“Eu entendo sua paixão”, afirmou Biden, “mas venho trabalhando discretamente com o governo de Israel para reduzir sua presença em Gaza”.

Biden sofre recordes de rejeição logo no início de um conturbado ano eleitoral, no qual deve voltar a enfrentar seu antecessor Donald Trump. Eleitores progressistas citam o apoio de Biden ao genocídio em Gaza como razão para se abster do pleito.

Biden propagandeou a guerra a Gaza com notável entusiasmo desde as primeiras semanas da ofensiva, ao ecoar campanhas israelenses de desinformação, desmentidas em campo. O presidente também contornou o legislativo em mais de uma ocasião para enviar armas a Israel.

Não obstante, fontes internas da Casa Branca alegam trabalhar para controlar as ações de Israel e, portanto, a crise de relações públicas; todavia, sem aval.

Israel impõe ataques por ar e terra a Gaza desde 7 de outubro de 2023, deixando 23.084 mortos e quase 60 mil feridos, além de 2.2 milhões de desabrigados — 70% das vítimas são mulheres e crianças. As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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