A ong israelense B’Tselem reiterou nesta segunda-feira (8) que Israel está matando de fome ao menos 2.2 milhões de pessoas na Faixa de Gaza, em meio a um cerco absoluto que já dura três meses, somado a uma brutal ofensiva militar contra o território costeiro.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“Mais de 2.2 milhões de pessoas de Gaza estão passando fome”, advertiu a ong. “Isso não é um subproduto da guerra, mas sim resultado direto de uma política declarada por parte de Israel, a fim de negar alimento à população”.
Segundo a B’Tselem, autoridades ocupantes “permitem que somente uma fração das remessas anteriores à guerra entrem em Gaza, com restrições aos tipos de bens”.
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“Permitir a entrada de alimento em Gaza não é um ato de generosidade, mas sim obrigação sob a lei humanitária internacional”, acrescentou a ong. “Recusar-se a respeitar a lei, conforme seus deveres, constitui crime de guerra”.
Israel impõe ataques por ar e terra a Gaza desde 7 de outubro, deixando 23.084 mortos e quase 60 mil feridos, além de 2.2 milhões de desabrigados — 70% das vítimas são mulheres e crianças.
Ao promover seu cerco, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os palestinos de Gaza como “animais humanos”.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.