Portuguese / English

Middle East Near You

Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Corte de Haia começa julgamento de Israel por acusação de genocìdio

Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) em Haia, na Holanda, em 23 de julho de 2018 [Abdullah Asiran/Agência Anadolu]

O Tribunal Internacional de Justiça começou nesta quinta-feira, em Haia,  a ouvir as alegações da África do Sul que acusa Israel de cometer genocídio na Faixa de Gaza sitiada e pede uma decisão da corte “para proteger contra danos adicionais, graves e irreparáveis aos direitos do povo palestino sob a convenção de genocídio, que continua a ser violada com impunidade”.

Pela primeira vez, Israel está sendo julgado de acordo com a Convenção sobre Genocídio das Nações Unidas, criada após a Segunda Guerra Mundial após o Holocausto.

Vários países também expressaram publicamente seu apoio ao processo da África do Sul contra Israel na corte, incluindo o Brasil, seguindo posições anunciadas da Malásia, Turquia, Jordânia, Colômbia, Bolívia, Maldivas, Namíbia e Paquistão. Uma petição internacional foi assinada por mais de mil organizações apoiando o julgamento e pedindo a responsabilização de Israel.

Organizações internacionais no mundo árabe também se manifestaram. O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, declarou seu apoio ao pedido da África do Sul na quarta-feira. A Organização dos Países Islâmicos, que representa 57 nações de maioria muçulmana, também expressou seu apoio.O advogado Tembeka Ngcukaitobi, lembrou na corte que15 relatores especiais da ONU e 21 membros dos grupos de trabalho da ONU associaram os crimes em Gazaa a genocídio.

LEIA: Entenda o funcionamento de Haia: o que é o TIJ e o TPI?

Israel e Estados Unidos reagiram ao processo, chamando-o de contraproducente ou calunioso.

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) é o mais alto tribunal internacional e  julga disputas entre Estados. Nesta quinta-feira ,a  África do Sul teve três horas para apresentar seus argumentos. Israel se defenderá na sexta-feira.

Nas primeiras audiências, o advogado Max du Plessis disse que Israel submeteu o povo palestino a uma violação opressiva e prolongada de seus direitos de autodeterminação por mais de meio século. “A obrigação da África do Sul é motivada pela necessidade de proteger os palestinos em Gaza e seus direitos absolutos de não serem submetidos a atos genocidas”, disse ele.

Categorias
ÁfricaÁfrica do SulIsraelNotíciaOrganizações InternacionaisOriente MédioPalestinaTPI
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments