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Sudão vive sofrimento em “muitos sentidos” após nove meses do conflito

Prestação de ajuda humanitária também é afetada por questões como insegurança, saques e impedimentos burocráticos [PMA]

O Sudão tem vivido provavelmente “o maior sofrimento em muitos sentidos entre os que são observados em todo o mundo atual”. As declarações são do subsecretário-geral das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários.

Martin Griffiths mencionou o país falando a jornalistas nesta segunda-feira, em Genebra. O dia marcou nove meses após o início de confrontos entre as Forças Armadas Sudanesas e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido, RSF.

Maior atenção internacional 

O novo apelo do Plano de Resposta Humanitária do Sudão para 2024 teve apenas 3,1% até 14 de janeiro de 2024. No ano passado, os fundos cobriram  37% das necessidades.

Griffiths pediu atenção internacional para a crise sudanesa ao defender que o interesse mundial para estes países faz toda a diferença.

O chefe humanitário sente que no Sudão onde há maior consciência da falha da comunidade humanitária em entregar auxílio. Ele disse que a operação da ONU não está presente na capital Cartum e tem sofrido muitos ataques.

O coordenador de auxílio ressaltou ainda a coragem de entidades como a Cruz Vermelha que estão atuando no país. Mais de 7,4 milhões de pessoas já abandonaram suas casas desde o início dos combates no Sudão em 15 de abril de 2023.

Deslocamento induzido pelo conflito 

Em dezembro, o total de deslocados no Sudão aumentou cerca de 611 mil. Os fatores incluem o deslocamento induzido pelo conflito em partes do país como Al Jazira e de outros estados.

A expansão dos combates entre as forças do Exército e os paramilitares das Forças de Apoio rápido, RSF, para regiões mais importantes do país para a produção agrícola no centro e leste aumenta a preocupação.

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A situação impulsionou um aumento significativo das necessidades humanitárias durante a época de colheita, de acordo com a analistas de avaliação alimentar.

A prestação de ajuda humanitária também é afetada por questões como insegurança, saques, impedimentos burocráticos, fraca conectividade das redes de internet e celular  limitações de fundos, pessoal técnico e humanitário em várias partes do país.

Publicado originalmente em ONU News

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