O Sudão suspendeu seu envolvimento nos esforços de mediação com a IGAD, um grupo de nações da África Oriental que tem procurado intermediar conversações entre o exército e a força paramilitar contra a qual vem lutando há meses, informou o Ministério das Relações Exteriores na terça-feira, segundo a Reuters.
A IGAD se ofereceu para mediar entre os chefes do exército sudanês e as Forças Rápidas (RSF), incluindo a realização de uma reunião – com a qual ambos concordaram.
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O Ministério das Relações Exteriores disse em um comunicado que as negociações com a IGAD foram suspensas depois que o grupo regional incluiu o Sudão na agenda de uma reunião marcada para 18 de janeiro em Kampala, Uganda, e convidou o líder das RSF, Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como Hemedti, para participar.
Recentemente, Hemedti saiu de meses sob disfarce para visitar vários países africanos e se encontrar com figuras políticas sudanesas pró-democracia.
A guerra no Sudão eclodiu em meados de abril por causa de um plano para uma transição política que se afastasse do regime militar. Ela causou uma grande crise humanitária, devastou a capital, Cartum, e provocou ondas de assassinatos étnicos em Darfur.