Uma epidemia de hepatite A tomou de assalto os palestinos da Faixa de Gaza sitiada, devido às condições de superlotação nos abrigos para os deslocados internos, reportou o Ministério da Saúde do governo local.
A pasta advertiu ainda para a iminente suspensão dos exames de hemograma completo, em meio à falta crítica de materiais necessários.
As condições enfrentadas pelos refugiados da ofensiva israelense contra áreas civis se agrava pela falta de banheiros e instalações sanitárias, além do acúmulo de resíduos nos arredores das tendas improvisadas.
A situação é gravíssima, em meio à escassez de água nos campos de refugiados, enquanto a população busca se proteger das consequências da poluição e da falta de higiene, devido ao cerco e aos bombardeios de Israel.
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A hepatite A é um vírus transmitido via ingestão de comida ou água contaminada ou contato direto com pessoas doentes.
Os bombardeios indiscriminados de Israel destruíram 60% da infraestrutura civil de Gaza, ao matar 24.448 pessoas e ferir outras 61.504 vítimas; na ampla maioria, mulheres e crianças. Hospitais, rotas de fuga e abrigos não foram poupados.
O número de mortos por doenças causadas pela campanha israelense é incerto. Ainda antes da guerra, Israel já limitava ao mínimo os direitos hídricos da população palestina, forçada a suprir suas necessidades com água imprópria para o consumo.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.