Mãe de soldado acusa exército israelense de matar seu filho em uma ‘câmara de gás’

O exército israelense informou nesta terça-feira (16) às famílias dos prisioneiros de guerra Ron Sherman, Nick Beiser e Elia Toledano que não foi possível determinar precisamente a causa de suas mortes, reportou o jornal local The Jerusalem Post.

“Representantes das Forças de Defesa de Israel [FDI; sic] abordaram as famílias dos soldados sequestrados, sargento Ron Sherman e cabo Nick Beiser, para informá-las sobre descobertas concernentes às circunstâncias de sua morte em custódia do Hamas, na noite de terça-feira”, declarou a reportagem.

Segundo as informações, o exército ocupante recuperou os corpos de um túnel das Brigadas al-Qassam, braço armado do movimento Hamas, no campo de refugiados de Jabaliya, em 14 de dezembro.

“Próximo ao local onde encontrou os corpos, o exército avançou contra um túnel no qual um comandante da divisão norte de Gaza, Ahmad al-Ghandour, foi morto”, acrescentou o jornal. “Investigações mostram que, no momento do ataque, o exército não sabia da presença de reféns na área. As forças que acharam os corpos, ao revistar o túnel, não tinham inteligência prévia sobre a matéria”.

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Todavia, ainda na terça-feira, a mãe de Ron Sherman acusou o exército de executar seu filho por engano. “Mostra a investigação: Ron foi de fato morto. Não pelo Hamas. Penso mais em alguma coisa na direção [do campo de concentração] de Auschwitz e das câmaras de gás; no entanto, sem os nazistas e sem qualquer relação com o Hamas. Não foram tiros acidentais, não há relatório, foi assassinato premeditado, bombas com gases tóxicos”.

Segundo a denúncia, seu filho foi morto, portanto, por “fogo amigo”, mediante uma espécie de câmara de gás.

“Eles descobriram que muitos de seus dedos estavam esmagados, ao que parece, em uma tentativa desesperada de sair daquela câmara de gás, na qual o próprio exército israelense o sepultou; na tentativa de encontrar ar, mas encontrou apenas o veneno de Israel”.

A autópsia das Forças Armadas confirmou que não há sinais de trauma ou ferimentos a bala nos corpos dos prisioneiros de guerra.

Declarou a reportagem: “Devido às condições dos corpos, não é possível determinar a causa da morte. Neste momento, não podemos descartar ou confirmar que foram mortos devido a asfixia, envenenamento ou aspectos colaterais de um ataque israelense ou ação do Hamas. Amostras foram coletadas para novos testes toxicológicos, que podem ou não revelar mais detalhes posteriormente. No momento, não é possível determinar a causa da morte”.

Beiser tinha 28 anos; Sherman e Toledano tinham ambos 19 anos de idade.

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