Israel mata refugiado em Tulkarm, fere criança e explode residências

Tropas israelenses assassinaram um cidadão palestino nesta quinta-feira (18), além de ferir gravemente uma criança e destruir casas e vias, durante invasão à cidade de Tulkarm e seu campo de refugiados, na Cisjordânia.

Segundo o Crescente Vermelho, uma de suas ambulâncias conseguiu evacuar Muhammad Abu Awad, de 27 anos, do local do crime, após ele sofrer um ferimento letal.

Um menino de 12 anos foi baleado nas costas por um franco-atirador israelense, no campo de refugiados de Nur Shams.

Segundo moradores, as forças ocupantes implodiram uma casa pertencente a Omar Amara, deixando sua família desabrigada. Residências vizinhas foram danificadas pela explosão.

Tratores destruíram ruas e instalações civis, além de uma outra casa em Nur Shams.

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Soldados invadiram, vandalizaram e saquearam residências civis, ao converter algumas das casas em centros de interrogatório e detenção arbitrária.

Diversos moradores foram sequestrados pelas tropas ocupantes, incluindo crianças. Alguns deles foram libertados posteriormente; contudo, sob ameaça, assédio e agressão física. Os detidos foram forçados a caminhar para casa dos postos de controle militar.

Alguns, todavia, foram levados a um hospital local devido à gravidade de seus ferimentos — o que sugere tortura. Moradores foram ainda instruídos a não voltar a suas casas enquanto as forças israelenses estivessem em Tulkarm.

As ações repressivas em Tulkarm ecoam Nablus, Hebron e outras cidades onde soldados e colonos escalaram seus pogroms desde 7 de outubro, quando Israel deflagrou sua ofensiva a Gaza, em retaliação a uma ação transfronteiriça do grupo Hamas.

Em Gaza, os bombardeios israelenses deixaram 24.620 mortos e 61.830 feridos — a maioria, mulheres e crianças —, além de dois milhões de desabrigados. Conforme as Nações Unidas, cerca de 60% da infraestrutura de Gaza foi destruída.

Na Cisjordânia ocupada, campanhas de prisão dobraram a população carcerária, chegando a dez mil pessoas. A maioria dos palestinos continua em custódia sob detenção administrativa — isto é, sem julgamento ou acusação; reféns, por definição.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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