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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Netanyahu reafirma aos EUA oposição a Estado palestino no cenário pós-guerra

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante reunião de gabinete na base de Kirya, sede do Ministério da Defesa, em Tel Aviv, em 24 de dezembro de 2023 [Ohad Zwigenberg/AFP via Getty Images]

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (18) ter dito a Washington que se opõe a qualquer estabelecimento de um Estado palestino como parte de um cenário pós-guerra, reportou a agência Anadolu.

Conforme a televisão israelense, as declarações de Netanyahu mostram graves divergências entre os aliados históricos, três meses após a ofensiva a Gaza não colher frutos significativos — isto é, sem êxito em seu objetivo declarado de eliminar o Hamas, à medida que as baixas civis se acumulam.

Netanyahu, no entanto, prometeu continuar sua campanha “até uma vitória decisiva”, o que observadores alertam não ser possível. Segundo analistas, o premiê teme que o cessar-fogo incorra no fim de seu governo e no seguimento de processos por corrupção.

A mídia americana reportou recentemente uma fissura entre Washington e Tel Aviv, embora o presidente Joe Biden insista em contornar o Congresso para abastecer o arsenal ocupante, enquanto veta resoluções por um cessar-fogo no Conselho de Segurança.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, viajou à região e expressou uma série de pedidos ao regime aliado, ao reforçar promessas por uma solução de dois Estados. Relatos, contudo, apontam que Netanyahu se manteve impassível.

LEIA: Casa Branca tenta preparar ‘nova era’ no Oriente Médio, reporta imprensa americana

Biden sofre recordes de rejeição às vésperas de um conturbado ano eleitoral no qual deve enfrentar novamente Donald Trump. Muitos progressistas — cruciais à vitória de Biden em 2020 — prometem se abster do pleito devido a sua cumplicidade ao genocídio em Gaza.

Israel mantém bombardeios indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 24.620 mortos, além de 61.830 feridos e dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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