A Indonésia registrou uma nova queixa contra o Estado israelense no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia. O governo em Jacarta junta-se à África do Sul, que registrou uma denúncia contra o genocídio israelense em Gaza.
O Ministério de Relações Exteriores da Indonésia reuniu uma equipe de experts para redigir a denúncia, a fim de responsabilizar Israel por suas “políticas e ações” nos territórios palestinos ocupados.
Segundo o website local Jakarta Post, o chanceler Retno Marsudi reiterou que o caso tem como objetivo restabelecer a ordem global com base no direito internacional, para além de expressar apoio ao povo palestino.
As declarações de Marsudi foram feitas logo antes de uma reunião com dezenas de especialistas e acadêmicos em direito internacional na capital Jacarta.
Em 11 e 12 de janeiro, o TIJ realizou duas audiências públicas para dar início à inquirição sobre a queixa sul-africana, que reporta o genocídio perpetrado em Gaza.
Gaza permanece sob bombardeios indiscriminados de Israel há três meses, somando ao menos 25 mil mortos, 60 mil feridos e dois milhões de desabrigados. A grande maioria das vítimas são mulheres e crianças.
Há expectativa de que a corte em Haia julgue a solicitação sul-africana por uma medida cautelar para um cessar-fogo imediato em Gaza.
De sua parte, contudo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou: “Ninguém vai nos parar — nem Haia, nem o eixo do mal [sic], nem ninguém”.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.
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