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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Mais de seis mil palestinos presos na Cisjordânia desde outubro

Forças israelenses prendem palestinos durante ataques ao campo de refugiados de al Am’ari, na região de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 15 de outubro de 2023 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

O exército e a polícia israelense prenderam 6.170 cidadãos na Cisjordânia ocupada desde o início do atual ciclo de violência, em 7 de outubro, denunciaram ontem (21) duas instituições ligadas ao tema.    

O Clube dos Prisioneiros Palestinos e a Comissão para Prisioneiros e Ex-Prisioneiros indicaram numa declaração conjunta que o número inclui centenas de menores e 200 mulheres.

Na semana passada, a primeira destas organizações afirmou que há 100 dias que o nível de crimes cometidos pelas forças de segurança contra os detidos tem aumentado.

“Entre os crimes de maior destaque estão a tortura, os maus-tratos, os espancamentos severos, as ameaças de tiro direto, os interrogatórios no local, as ameaças de violação, bem como a utilização de cães policiais e de cidadãos como escudos humanos”, alertou.

LEIA: Doenças de pele se espalham entre os prisioneiros palestinos nas cadeias de Israel

O Clube destacou que nesse período os militares emitiram 2.856 ordens de detenção administrativa, procedimento utilizado para prender palestinos por intervalos renováveis ​​que costumam variar de três a seis meses com base em provas não reveladas, que até o advogado do acusado é proibido de ver.

Os palestinos e os grupos de direitos humanos afirmam que a detenção administrativa viola o devido processo judicial porque permite que não sejam apresentadas provas contra prisioneiros enquanto estes estão detidos por longos períodos sem serem acusados, julgados ou condenados.

Segundo dados oficiais, no final de 2023 cerca de 8.800 palestinos estavam detidos em prisões israelenses, incluindo 80 mulheres.

Publicado originalmente em Prensa Latina

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