Ao menos 21 soldados israelenses foram mortos nas últimas 24 horas na Faixa de Gaza, afirmou o exército da ocupação nesta terça-feira (23), ao confirmar, portanto, seu maior índice de baixas em único dia desde 7 de outubro.
O porta-voz militar Daniel Hagari admitiu que os soldados preparavam explosivos para implodir dois prédios nesta segunda-feira (22) quando combatentes da resistência dispararam granadas a um tanque próximo, causando a detonação prematura dos equipamentos.
O edifício desmoronou sobre os soldados.
O exército havia anunciado dez soldados mortos; no entanto, revisou as baixas.
O presidente israelense, Isaac Herzog, que ganhou manchetes ao dizer que “não há civis inocentes” em Gaza, lamentou uma “manhã insuportavelmente difícil”, ao alegar no Twitter (X): “Batalhas intensas estão em curso em um espaço desafiador, mas estamos fortalecendo nossas tropas que operam com infindável determinação para cumprir seus objetivos”.
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Israel chegou a declarar vitórias táticas no norte e centro de Gaza, mas sofreu uma série de reveses quando combatentes da resistência tomaram a paisagem de ruínas urbanas, devido aos bombardeios, como espaço de guerrilha.
Israel insiste que sua missão é exterminar o Hamas; contudo, realiza ataques indiscriminados à infraestrutura civil de Gaza. Em cem dias, são 25 mil mortos, 63 mil feridos e dois milhões de desabrigados — a maioria das vítimas são mulheres e crianças.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.