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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Farinha e arroz acabam no norte de Gaza, aumenta ameaça de fome

Criança deslocada espera para receber alimento distribuído em Rafah, no sul de Gaza, em 22 de dezembro de 2023 [Abed Zagout/Agência Anadolu]

O gabinete de comunicação do governo estabelecido em Gaza alertou nesta segunda-feira (22) para o risco de “fome real” no norte do território costeiro, após as reservas de arroz e farinha se exaurirem.

Cerca de 400 mil palestinos podem morrer de fome, segundo as estimativas.

“A ocupação forçou nosso povo a recorrer a grãos e ração animal para compensar a perda de trigo, devido à ameaça de fome real sob a agressão contínua e a escalada no cerco contra a população civil”.

A região é submetida a “um grave cerco que coincide com o seguimento da guerra genocida travada pelo exército ocupante, impedindo que qualquer assistência humanitária chegue às províncias desde o início da campanha”.

O gabinete confirmou também “dezenas de casos de execuções de campo, conduzidas pelas forças israelenses, contra dezenas de mártires que buscavam comida nas províncias do norte e centro de Gaza”.

A nota responsabilizou Israel e aliados, sobretudo os Estados Unidos, pelos crimes citados, ao denunciar “violação da lei humanitária internacional e de todos os acordos e tratados que garantem o direito à comida a todos os seres humanos”.

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A nota reivindicou ainda da comunidade internacional que “trabalhe séria e urgentemente para prover insumos e assistência alimentar à totalidade do povo palestino, com destaque às províncias do norte e centro de Gaza”.

Por fim, instou “fim da guerra genocida contra o povo palestino, fim do banho de sangue e do assassinato deliberado de civis, mulheres e crianças”.

Israel mantém ataques implacáveis contra Gaza desde 7 de outubro, deixando mais de 25 mil mortos, 63 mil feridos e dois milhões de desabrigados; na maioria, mulheres e crianças. Cerca de 60% da infraestrutura civil foi destruída.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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