Israel planeja retirar tropas da Faixa de Gaza para transferi-las à Cisjordânia ocupada, reportou nesta segunda-feira (22) a imprensa local, segundo informações da agência Anadolu.
“O chefe do exército, Herzi Halevi, decidiu retirar tropas de combate de Gaza para transferi-las à Cisjordânia, a fim de substituir forças regulares empregues ali”, afirmou o site de notícias Walla; contudo, sem detalhes ou confirmação oficial.
De acordo com os relatos, a medida tem intenção de empregar forças na Cisjordânia para conter tensões. Ao menos 370 palestinos foram mortos e 4.200 foram feridos por disparos israelenses desde 7 de outubro, em meio a uma escalada colonial em paralelo ao genocídio em Gaza.
Na última semana, o exército ocupante removeu sua 36ª Divisão de Gaza, ao manter outros três batalhões no território sitiado.
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A população de Gaza sofre uma catástrofe humanitária sem precedentes, devido à ofensiva em curso. Mais de dois milhões de pessoas foram desabrigadas pela campanha de Israel. Campos e abrigos carecem de meios básicos para conter o enorme fluxo de refugiados, em particular, sob as condições de inverno.
Bairros residenciais, instalações médicas e equipes de imprensa não foram poupados.
Mais de 25 mil pessoas foram mortas e entre sete e oito mil permanecem desaparecidas sob os escombros. A maioria das vítimas são mulheres e crianças. Dentre os feridos, são mais de 63 mil vítimas.
Na Cisjordânia, Israel intensificou suas incursões militares e pogroms, incluindo uma campanha de prisão que dobrou a população carcerária palestina, com seis mil novos detidos — na grande maioria, sem julgamento ou sequer acusação; reféns por definição.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.